quinta-feira, 18 de junho de 2015

Beata Osanna Andreasi de Mântua

A Beata Osanna Andreasi nasceu no magnífico palácio de uma nobilíssima família italiana (sua mãe é uma Gonzaga). Aos cinco anos, enquanto caminhava nas margens do Pó, ouviu distintamente uma voz clara e firme que lhe diz: "A vida e a morte consistem em amar a Deus". A criança entra em êxtase e sente-se levada até o Céu por um esplêndido anjo. Este lhe mostra a hierarquia do Céu e diz: "Para entrar no Céu é necessário que a Deus muito se ame. Vê, todas as coisas cantam-lhe a glória e proclamam aos homens: ama-O, ama-O, Ele a tudo  criou para que O amem!"

A partir dessa experiência, nasce nela um grande desejo de estudar teologia. O pai se opõe como algo que não é adequado para uma criança. Mas Osanna reza. Em resposta às suas orações a Nossa Senhora, esta começa a aparecer em pessoa e lhe dar aulas. Então Osanna aprende latim e adquire um grande conhecimento das Escrituras Sagradas. Cita de memória até mesmo os comentários dos Padres da Igreja.

Quando tinha 14 anos e soube que se estava a preparar a combinação sobre o seu casamento, foi em segredo até à Igreja dos dominicanos e recebeu o hábito dos membros da Ordem Terceira de São Domingos. Apresentou-se em casa envergando o hábito e explicou que tinha efetuado uma promessa e que o teria de usar até ao seu cumprimento. O seu pai, como cristão piedoso aceitou tal explicação, embora passados alguns meses começasse a suspeitar das reais intenções da sua filha. Avisou-a de que não a autorizaria a entrar num convento nem a levar uma vida religiosa em casa. Por fim, seu pai se convenceu. Permite que ela dedique sua vida à teologia, não se case aos quinze anos e use o hábito de terciária dominicana.

Quando Osanna tinha 28 anos de idade, recebeu estigmas na sua cabeça, no lado e nos pés, embora fossem visíveis para terceiros apenas em certos dias da semana especialmente às sextas-feiras e durante a Semana Santa. Osanna relatou a sua vida espiritual e experiências místicas ao seu biógrafo e orientador espiritual, o beneditino Jerônimo de Monte Oliveto.

Ajudava os pobres e serviu como diretora espiritual de muitas pessoas, gastando grande parte da fortuna da sua família para auxiliar os mais necessitados. Manifestava frequentemente a sua repulsa pela decadência e criticava a aristocracia pela ausência de moralidade. Foi amiga da Beata Columba de Rieti e recebeu apoio espiritual da Beata Estefânia Quinzani.

Dotada de dons proféticos, com suas orações protegeu o Duque Francisco na batalha de Fornovo de 1495, predisse a derrota de César Bórgia e, em 1500, o tão suspirado nascimento do primeiro filho de Isabel d’Este, Frederico II, “filhinho da oração”. Falou também de um flagelo que cairia sobre a Itália corrupta, profetizando o saque de Roma, obra dos Lanzichenecchi, em 1527.

Osanna faleceu a 18 de junho de 1505. O seu corpo incorrupto encontra-se em exposição sob o altar de Nossa Senhora do Rosário na Catedral de Mântua, Itália. Essa é a data que a Igreja celebra em sua memória.

A ''Vida da Beata Osanna'' foi escrita em 1507, pouco depois da sua morte. Fr. Jerônimo juntou traduções em latim das 24 cartas recebidas de Osanna, acompanhadas de documentos certificando a sua autenticidade. A biografia tem um caráter de relatório detalhado das suas conversas com Osanna.


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário