sexta-feira, 19 de junho de 2015

Santa Juliana Falconieri

Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Atraída pela santidade de vida dos primeiros frades Servos de Maria, consagrou-se a Deus, entregando-se à contemplação, à penitência e às obras de misericórdia. Fazia parte de um grupo de jovens que, embora vivendo em suas casas, usavam o hábito e viviam segundo o estilo de vida desses primeiros frades.

Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doentes, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

Ela foi autorizada a receber a hóstia, depositando-a no peito, sobre seu coração. O padre fez uma oração para "santificar a alma da doente" contato com o corpo de Cristo. A hóstia desapareceu e Juliana morreu, em 19 de junho de 1341.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Ela foi beatificada em 08 de julho de 1678 pelo Papa Inocêncio XI. Sua canonização se deu em 16 de junho de 1737 pelo Papa Clemente XII. E sua festa litúrgica é datada o dia de sua morte, 19 de junho.


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