domingo, 21 de junho de 2015

São Luiz Gonzaga

No dia 09 de março de 1568 a nobre Laura Gonzaga está para dar a luz ao primeiro dos seus 8 filhos. O parto estava complicado e todos temiam pela vida da mãe e da criança. Foi então que, por inspiração divina, Dona Laura fez uma promessa a Nossa Senhora de Loreto, de consagrar-lhe esse primeiro filho e de levá-lo em peregrinação ao seu santuário, tão logo ambos se recuperassem. Imediatamente o menino nasceu. Puseram-lhe o nome de Luiz de Gonzaga.

O recém-nascido haveria de ser a maior glória da dinastia dos Gonzaga, uma das mais ilustres de toda a Itália. Seu pai, Fernando Gonzaga, era Marquês de Castiglione e príncipe do Sacro Império.

Desde muito pequeno, Luiz gostava de ouvir falar de Deus; da mãe herdara a piedade e as virtudes cristãs e do pai o espírito determinado e corajoso dos militares. Aos 5 anos, o pequeno nobre, recebe de presente de seu pai, uma pequena armadura, uma espadinha e um pequeno arcabuz (antiga arma de fogo) de verdade; assim fardado foi levado para o acampamento e para revista das tropas.

A partir dos 7 anos, despertou de maneira mais intensa o interesse pela vida de oração e pela vida espiritual. Em seu coração nutria um grande amor pela Santíssima Virgem Maria e para ela dispensava longas e carinhosas manifestações de sua devoção. Aos 9 anos de idade consagrou sua vida a Virgem Maria, fazendo voto de castidade perpétua, muito embora sem o conhecimento de seus pais.

Quando tinha 10 anos, durante uma das viagens de seus pais, recebeu, no castelo, o então cardeal-arcebispo de Milão, São Carlos Borromeu. Este ficou encantado com a pureza e santidade, tendo declarado: “Que jamais encontrara jovem que, em tal idade, atingisse tão elevada perfeição”. O próprio cardeal administrou-lhe a primeira comunhão, aconselhando-o a pratica da comunhão freqüente e a leitura do catecismo romano.

Aos 16 anos, sentindo no coração imenso desejo de viver totalmente sua vocação dedicada a Deus e ao próximo, apresenta ao marquês, seu pai, suas intenções, que com grande dificuldade deu o seu sim, pois Luiz representava a garantia de sucessão!
No dia 1º de novembro de 1585, aos 17 anos, diante dos pais e parentes mais próximos, Luiz renunciou aos direitos de primogênito, aos bens e aos títulos em favor de seu irmão Rodolfo.

O jovem Luiz apresentou-se ao superior da companhia de Jesus, em Roma, tendo 18 anos incompletos. Foi aceito como noviço, e como tal, mostrou-se espiritualmente preparado para vida sacerdotal e religiosa.

Para ele era sempre uma alegria poder ajudar na cozinha e na limpeza da casa. Visitava doentes e encarcerados. Não tinha vergonha de percorrer as ruas de Roma para esmolar, com um saco as costas, o que era necessário para a comunidade. Dedicava-se de corpo e alma à contemplação da vida de Cristo, principalmente a Paixão e Morte de Jesus.

Tendo recebido a noticia do falecimento de seu pai, Luiz teve que ir a Castiglione para resolver a discórdia surgida entre seu irmão Rodolfo e o tio por causa da herança e de terras. Graças a sua intervenção as duas partes entraram em acordo e fizeram as pazes.

Ao voltar a Roma, no entanto, teve que enfrentar a situação difícil que a população estava vivendo. Era o ano de 1591, e uma terrível epidemia espalhou-se pela cidade vitimando centenas de pessoas. Luiz empregava seu tempo para tratar os doentes, visitando-os nas casas e ajudando-os a chegarem aos hospitais.

Seu zelo era incomparável e incansável era em querer salvar a todos, tanto das enfermidades do corpo como da alma. Luiz Gonzaga era um exemplo edificante para todos, superiores, colegas, parentes, amigos e principalmente para o povo sofrido e marginalizado da época.

Carregava os doentes nas costas, apesar de seu corpo magro e frágil. Acabou sendo vitimado do contágio da epidemia e ao adoecer teve o carinho e o cuidado dos irmãos Jesuítas, que se revezavam em atendê-lo, pois para todos o jovem Luiz era um santo já em vida.

Luiz Gonzaga faleceu santamente no dia 21 de junho de 1591, com apenas 23 anos de idade. O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luiz Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luiz Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.


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