Frederico,
nome de origem alemã, que significa “promotor da paz”, nasceu por volta do ano
790, membro de uma família nobre de Friesland, Holanda, porém, não quis seguir
a aristocracia da época, decidindo seguir a carreira como missionário. Ele
atuou no serviço catequético de sua comunidade, onde se esforçou para eliminar
com o paganismo e a idolatria que ainda estava naquela região.
Seus
sermões chamaram atenção dos líderes da Igreja da época que o convidaram a ser
um padre, e logo em seguida, bispo, mas Frederico não se achava capaz de
assumir, porém, a pedido do povo, aceitou a missão.
Dentre
os desafios do bispo, estavam os atos da imperatriz Judite, segunda esposa do
imperador Luís, o Bonacheirão (ingênuo). Tal imperatriz divulgava orgias na
comunidade, algo que foi amplamente censurado pelo bispo. Frederico também
combateu na Ilha de Walcheren, os casamentos incestuosos, ou seja, as relações
entre parentes próximos, que aconteciam na ilha.
A
razão missionária do Bispo Frederico, estava em formar famílias saudáveis, que
estivessem centradas no evangelho de Cristo. Este propósito missionário era
totalmente contrário ao pregado na comunidade em que atuou principalmente pela
imperatriz Judite, o que fez com que criasse na região, um choque de ideologias
entre a Moral na Família que era pregado pelo Bispo, e a Liberação Sexual
pregado pela Imperatriz.
Outro
desafio do Bispo era lutar contra o Arianismo, doutrina herege difundida por
Arius, bispo de Alexandria no quarto século, onde este afirmava que só existia
um Deus verdadeiro, o “Pai Eterno”. Jesus Cristo, para este bispo, não era
Deus, era um semideus. Arius, ainda divulgava que Jesus Cristo não tinha a
mesma essência de Deus Pai, em si, era, popularmente, um “herói grego”.
Arius
foi excomungado no ano seguinte da divulgação de sua doutrina, e em 325, no
Primeiro Concílio de Nicéia, a Igreja Católica proclama como Dogma a Santíssima
Trindade, condenando o Aria-nismo, vindo a afirmar que existe apenas um
Deus e Ele se apresenta em Três Pessoas que são iguais, consubstanciais e
semelhantes: o Pai; o Filho e o Espírito Santo.
Mesmo
condenada pela Igreja, à doutrina do Arianismo ainda era pregada no tempo de
Frederico, século VII, algo que o Bispo Santo, eliminou, com sua catequese, a
partir da explicação do Credo Niceno-constantinopolitano (uma declaração de fé
cristã que é aceito pela Igreja), que foi totalmente formulado no ano de 381,
no Concílio de Constantinopla. O resultado disto foi à conscientização social
da comunidade, que, procurando viver à espiritualidade da Santíssima Trindade,
modelo real de uma comunidade, não se deixou levar pelos líderes políticos da
época que pregavam o Arianismo, que, trazendo para a dimensão social,
correspondia a um tipo de totalitarismo.
O
legado do Santo Bispo durou apenas 18 anos, tendo em vista que, em 838, após
uma celebração eucarística, no momento em que orava em agradecimento pela
cerimônia realizada, dois homens chegaram a apunhalá-lo com espadas, que
cravadas em seu peito, segundo escritos, o Bispo faleceu dizendo: “na
presença do Senhor, continuarei o meu caminho na terra dos vivos”.
Duas
tradições expressam os fatores que levaram ao seu martírio: primeiro o fato de
que a Imperatriz foi a mandante do seu assassinato, já que o sacerdote acabou
com as festas de orgias que a imperatriz promovia no meio povo; já a segunda
tradição, expressa que os mandantes do crime foram os políticos de Walcheren,
que, levados pela doutrina do arianismo, se encontraram com uma comunidade que
não estava mais sendo manipuladas por eles. O bispo havia ensinado o povo a
viver como uma verdadeira comunidade, por meio do exemplo da Santíssima
Trindade, este transmitido em suas catequeses.
Todavia, de algo se
tem certeza: ele foi martirizado por pregar a favor da moralização das e nas
famílias da sua diocese.
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