Vilibaldo
nasceu em 22 de outubro de 700, na cidade de Wessel, na Inglaterra. Pertencia à
casa real dos Kents, seu pai era o rei Ricardo I e os irmãos eram Vunibaldo e
Valburga. Todos eles, mais tarde, inscritos no livro dos santos da Igreja.
Ainda
criança, ele foi confiado aos monges beneditinos da Abadia de Waltham, que
cuidaram de sua formação intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que
decidiu ser também um monge. Mas, em 720, saiu do mosteiro e da Inglaterra,
antes de fazer os votos definitivos, e nunca mais voltou para sua pátria. Na
companhia de seu pai e seu irmão, seguiu para uma longa peregrinação, cuja meta
final era Jerusalém. A viagem foi interrompida em 722, quando seu pai, o rei,
morreu na Itália. Assim, ele e o irmão resolveram ficar em Roma.
Dois
anos depois, sem Vunibaldo, continuou a peregrinação percorrendo toda a
Palestina, que estava sob o domínio árabe. Os peregrinos, em geral, eram bem
acolhidos, entretanto, por causa das tensões políticas com o Império do
Oriente, Vilibaldo e outros peregrinos quase foram presos, mas puderam
prosseguir o caminho em paz. Cinco anos depois, em 729, retornou para Roma.
Nesse
mesmo ano, o papa Gregório II o enviou para o Mosteiro de Montecassino, que
havia sido reerguido das ruínas e carecia de um novo quadro de monges.
Vilibaldo deu, então, novo fôlego a esse celeiro de homens dedicados à
santificação, restabelecendo as regras beneditinas, de acordo com o Livro do
fundador, que permanecera a salvo em Roma. Assim, este "quase-monge"
inglês, que ainda continuava sem os votos definitivos, recebeu a relíquia do
papa e com ela organizou e formou uma nova geração de monges, dentro da
verdadeira tradição e do estilo de vida espiritual instituído pelo fundador. A
essa obra dedicou outros dez anos de sua vida.
Novamente
foi a Roma, para encontrar-se com o papa sucessor, Gregório III, que lhe pediu
ajuda para a evangelização da Germânia. Assim, Vilibaldo tornou a partir,
viajando por todos os recantos da Europa. Até ser requisitado por seu tio, o
arcebispo da Alemanha, que alicerçava uma estrutura diocesana na região e
precisava do seu auxilio. Só em 740 Vilibaldo recebeu a ordem sacerdotal
definitiva, para ser consagrado bispo de Eichestat, pelo próprio tio,
Bonifácio, hoje santo e chamado "apóstolo da Alemanha".
O
bispo Vilibaldo construiu sua catedral, fundou um mosteiro e, sobretudo,
controlou rigorosamente todos os outros que ali existiam, por determinação de
Bonifácio. A partir de então, iniciou uma experiência nova: a de evangelizador
itinerante, colocando-se frente a frente com os fiéis que aos poucos iam se
convertendo ao cristianismo.
À obra dedicou-se até
morrer, no dia 7 de julho de 787, no seu mosteiro de Eichestat, na Alemanha.
Com fama de santidade ainda em vida, logo passou a ser venerado num culto
espontâneo e vigoroso, muito antes do seu reconhecimento canônico, em 1256.
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