Júlio
César Russo nasceu no dia 22 de julho de 1559 em Brindisi, na Itália. Seu nome
de batismo mostrava claramente a ambição dos pais, que esperavam para ele um
futuro brilhante como o do grande general romano.
Realmente,
anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão
dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa depois de terem
dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de
madeira. Nessa ocasião, já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de
Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército
romano, Filipe Emanuel de Lorena.
Aos
seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o
extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para
depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando
ficou órfão, aos 14 anos, foi acolhido por um tio que residia em Veneza. Nesta
megalópole, pôde desenvolver muito mais seus talentos para os estudos.
Mas
a religião o atraia de forma irresistível. Dois anos após chegar a Veneza, ele
atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos Frades Menores de São Francisco de
Assis. Em seguida, juntou-se aos capuchinhos de Verona, onde recebeu a
ordenação e assumiu o novo nome, em 1582. Após completar sua formação na
Universidade de Pádua, voltou para Veneza em 1586, como professor dos noviços
da Ordem, sempre evidenciando os mesmos dotes da infância.
Tornou-se
especialista em línguas, e sua erudição levou-o a ocupar altos postos em sua
Ordem e também a serviço do sumo pontífice. Foi provincial em Toscana, Veneza,
Gênova e Suíça e comissário no Tirol e na Baviera, pregando firmemente a
ortodoxia católica contra a Reforma Protestante, além de animar as autoridades
e o povo na luta contra a dominação dos turcos muçulmanos. Lourenço foi, mesmo,
o superior-geral da sua própria Ordem e embaixador do papa Paulo V, com a
missão de intermediar príncipes e reis em conflito.
Lourenço de Brindisi
morreu no dia do seu aniversário, em 1619, durante sua segunda viagem à
Península Ibérica, na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi canonizado em 1881 e
recebeu o título de 'Doutor da Igreja' em 1959, outorgado pelo papa João XXIII.
A sua festa é celebrada um dia antes do aniversário de sua morte, dia 21 de
julho.
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