Maria
Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de abril de 1863, na Áustria. Os pais eram
personalidades ilustres e pertenciam à nobreza cristã polonesa, freqüentando
várias cortes da Europa. A irmã mais nova, Úrsula, anos mais tarde, também
fundou uma congregação e depois foi canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o
padre Vladimir, foi o vigésimo sexto diretor geral da Companhia de Jesus.
Maria
Teresa tornou-se uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários
idiomas. Aos vinte e dois anos, era dama de honra da grã duquesa da Toscana,
que tinha residência na corte austríaca e não dispensava sua presença alegre e
brilhante. Apesar de conviver nesse ambiente de luxo e cheio de frivolidades,
ela possuía princípios morais e cristãos íntegros. Dedicava grande parte do seu
tempo à caridade, ajudando especialmente os pobres.
Certa
ocasião foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que tinham
encontro com a grã-duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma
conferência do cardeal Lavigérie, narrando seu árduo trabalho para libertar os
escravos da África e pedindo missionárias para ajudá-lo na evangelização.
Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e
abraçou aquela causa.
Em 1891, abandonou a
corte, apesar da desaprovação de quase todos os amigos, e ingressou na vida religiosa,
sob a direção espiritual dos jesuítas.
Depois, a ela se juntaram Melânia von Ernest e outras religiosas corajosas.
Assim, em 1894 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver,
ou melhor, das Irmãs Claverianas, para dar apoio e orientação às missões
africanas.
Maria
Teresa, sempre brilhante e ativa, sabia que precisava divulgar muito mais
aquela Obra. Rezou
muito e, inspirada pela Mãe de Deus, fundou uma tipografia e passou a publicar
dois boletins missionários mensais: o "Eco da África", direcionado
para os adultos, e o "Juventude Africana", especial para os jovens,
ambos editados em nove idiomas europeus. Ela mesma escrevia os artigos e apelos
para difundir a idéia missionária. Logo passou a participar conferências
em diversas línguas e países. Foram centenas e centenas até sua morte.
Sua
incansável dedicação frutificou e pôde enviar aos missionários da África
milhões em dinheiro, numerosos objetos sagrados, além de milhares de livros
impressos em línguas indígenas africanas, utilizados para a catequização e
alfabetização dos nativos. Dirigiu o instituto por vinte e oito anos, em meio
às turbulências dos tempos e do sacrifício pessoal, até morrer, no dia 6 de
julho de 1922, em Roma, Itália.
Desde
então, Maria Teresa, passou a ser invocada para interceder por graças e
milagres, principalmente nos países africanos, aos quais dedicou toda a sua
vida de missionária.
Em
1975, o papa Paulo VI beatificou aquela que era conhecida em todo o mundo
católico como a "Mãe dos Africanos" e a declarou padroeira da
Cooperação Missionária da Igreja na Polônia.
A Igreja celebra sua
memória aos 06 de julho.
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