São
Tomé era Israelita de nascimento e carpinteiro de origem. É frequentemente
citado em passagens do Novo Testamento, nos quatro evangelhos. Foi um dos doze
apóstolos de Jesus. Durante a última Ceia perguntou a Jesus sobre o caminho que
leva ao Pai, Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Estava
ausente no momento em que Cristo reapareceu aos discípulos. Ele exigiu provas
materiais da ressurreição, por isso, Jesus ressurgiu e disse-lhe: Põe
teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e as coloca do meu lado e
não sejas incrédulo, mas crê! O apóstolo incrédulo respondeu: "Meu
Senhor e meu Deus!". Tornando-se o primeiro dos apóstolos a se
dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e
João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus.
O
Evangelho de São João dá-lhe grande destaque. João cita que ele incitou os
discípulos a seguir Jesus e a morrer com Ele na Judéia, dizendo então aos
discípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele!
Era
o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era
casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus. Segundo
as escrituras foi em resposta a ele que Jesus introduziu o mistério trinitário:
"Eu
sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vocês
me conhecem, conhecerão também meu Pai...". Segundo o bispo
Eusébio de Cesareia, do século IV, depois da morte de Jesus, o discípulo
evangelizou a Pátria e, pela tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado
à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos
Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.
Consta
que foi martirizado e morto pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras,
onde ficam o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de
seu sepultamento. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto a flechadas,
quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe
pediu.
Suas relíquias foram veneradas
na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália.
É festejado pelos católicos em 03 de julho.
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