quinta-feira, 9 de julho de 2015

Santa Verônica Giuliani

Verônica nasceu em 27 de dezembro de 1660 em Mercatello sul Metauro (Itália), em uma família rica e muito estimada. A mãe, Benedetta Mancini doou as filhas uma fé tão profunda que quatro delas se tornaram monjas. Verônica foi batizada com o nome de Úrsula Giuliani. Ainda muito novinha conheceu a prova, pois aos sete anos ficou órfã de mãe. Restou então a proteção de Maria Santíssima que sabe guiar os pequeninos.

Aos dez anos recebeu a Primeira Eucaristia, e seu crescimento prometia beleza, e muita atenção, colocando-a em lugar privilegiado entre os jovens a queria por namorada. Mas na sua vida já estava se encaminhando para ser esposa de Jesus.

Úrsula Giuliani aos 28 de outubro de 1677, deixa sua cidade natal, para entrar no Mosteiro de Città di Castelo (Cidade Castelo) e recebe o nome de "Verônica", que significa "Verdadeira imagem".

Em primeiro de novembro de 1678 faz a Profissão Solene e se torna para sempre de Deus. Jesus a une a Si, com uma missão específica: "Expiadora das misérias humanas, dividindo e compartilhando com a oração silenciosa, a luta de Cristo pela redenção do mundo".

As suas histórias de provas, de sofrimentos, de penitências voluntárias, de místicos colóquios com seu Esposo Divino, as encontramos narradas com absoluta fidelidade histórica em seu Diário. Ela de fato, por ordem de seu confessor, começou a escrever no dia 13 de dezembro de 1693 terminando o último escrito em 25 de março de 1727.

O sobrenatural inunda este maravilhoso e místico diário de uma alma completamente enamorada por Jesus Cristo. Muitas vezes Verônica escreve em êxtase: "Por muitas vezes escrevo fora de mim e não sei o que digo". (Diário IV, pág. 168)
Se não fosse dessa maneira, nota Pe. Pizzicaria, não lhe teria sido possível tantas coisas difíceis de uma forma exata.

Nos últimos anos foi Nossa Senhora quem ditou grande parte das páginas do Diário. Verônica foi, com muita razão, definida como: "a mestra por excelência da doutrina mística"

Um dos relatos mais impressionantes trata-se da descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me transpassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira Santa, de madrugada.

Foi numa sexta-feira também que Verônica Giuliani morreu, em 1727, depois de 33 dias de doença e agonia em seu corpo, onde se viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.

As últimas palavras de Verônica a suas Irmãs em 9 de julho de 1727, resumem a alegria de uma vida plenamente realizada: "Encontrei o Amor. O Amor se deixou encontrar. Digam a todos. Digam a todos!"

Em 26 de maio de 1839 o Papa Gregório XVI a declarou Santa.


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