Verônica nasceu em 27 de dezembro de 1660 em
Mercatello sul Metauro (Itália), em uma família rica e muito estimada. A mãe,
Benedetta Mancini doou as filhas uma fé tão profunda que quatro delas se
tornaram monjas. Verônica foi batizada com o nome de Úrsula Giuliani. Ainda
muito novinha conheceu a prova, pois aos sete anos ficou órfã de mãe. Restou
então a proteção de Maria Santíssima que sabe guiar os pequeninos.
Aos dez anos recebeu a Primeira Eucaristia, e seu
crescimento prometia beleza, e muita atenção, colocando-a em lugar privilegiado
entre os jovens a queria por namorada. Mas na sua vida já estava se
encaminhando para ser esposa de Jesus.
Úrsula Giuliani aos 28 de outubro de 1677, deixa
sua cidade natal, para entrar no Mosteiro de Città di Castelo (Cidade Castelo)
e recebe o nome de "Verônica", que significa "Verdadeira
imagem".
Em primeiro de novembro de 1678 faz a Profissão
Solene e se torna para sempre de Deus. Jesus a une a Si, com uma missão
específica: "Expiadora das
misérias humanas, dividindo e compartilhando com a oração silenciosa, a luta de
Cristo pela redenção do mundo".
As suas histórias de provas, de sofrimentos, de
penitências voluntárias, de místicos colóquios com seu Esposo Divino, as encontramos
narradas com absoluta fidelidade histórica em seu Diário. Ela de fato, por
ordem de seu confessor, começou a escrever no dia 13 de dezembro de 1693
terminando o último escrito em 25 de março de 1727.
O sobrenatural inunda este maravilhoso e místico
diário de uma alma completamente enamorada por Jesus Cristo. Muitas vezes
Verônica escreve em êxtase: "Por muitas vezes escrevo fora de
mim e não sei o que digo". (Diário IV, pág. 168)
Se não fosse dessa maneira, nota Pe. Pizzicaria, não lhe teria sido possível tantas coisas difíceis de uma forma exata.
Se não fosse dessa maneira, nota Pe. Pizzicaria, não lhe teria sido possível tantas coisas difíceis de uma forma exata.
Nos últimos anos foi Nossa Senhora quem ditou
grande parte das páginas do Diário. Verônica foi, com muita razão, definida
como: "a mestra por excelência da doutrina mística"
Um dos relatos mais impressionantes trata-se da
descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das
santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de
mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me
transpassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira
Santa, de madrugada.
Foi numa sexta-feira também que Verônica Giuliani
morreu, em 1727, depois de 33 dias de doença e agonia em seu corpo, onde se
viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia
constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.
As últimas palavras de Verônica a suas Irmãs em 9
de julho de 1727, resumem a alegria de uma vida plenamente realizada: "Encontrei o Amor. O Amor se deixou
encontrar. Digam a todos. Digam a todos!"
Em 26 de maio de 1839
o Papa Gregório XVI a declarou Santa.
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