Margarida nasceu em Donauworth, Baviera, Alemanha, em 1291. Pertencia à família Ebner,
muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Ela entrou no Mosteiro de Maria
Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de
idade quando vestiu o hábito dominicano.
Depois,
de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a
levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica
dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver
totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência.
Margarida
era devotíssima da Eucaristia e do Santo Nome e do Coração de Jesus. E ao
constatar que os homens morriam aos milhares por causa da guerra, se dedicou
particularmente a realizar sufrágios pelos defuntos.
Quando
tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em
1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo, que logo se tornou
o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe
proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias.
Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347
foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus.
Margarida
Ebner foi, sem dúvida, a figura central do movimento espiritual alemão dos
"amigos de Deus", e uma das grandes místicas da região do Reno no
século XIV, nos mais de setenta mosteiros alemães da Ordem Dominicana. O seu diário
espiritual, escrito de 1312 até 1348, que chegou até os nossos dias, revela a
vida humilde, devotada, caritativa e confiante em Deus de uma religiosa provada
por muitas penas e doenças. Ela viveu e morreu no amor de Deus, fiel na certeza
de encontrar-se em plena comunhão com seu Filho Jesus, como sempre dizia:
"Eu não posso separar-me de ti em coisa alguma".
Na
noite de Pentecostes de 1348, quando entrava no coro para o Ofício solene de
Matinas, a Beata teve a impressão de receber uma graça que declarava incapaz de
descrever, similar a recebida pelos Apóstolos quando sobre eles pousou o
Espírito Santo. O Senhor prometeu assisti-la em seu trânsito com a Virgem Maria
e o Apóstolo São João, e fez uma revelação particular a respeito de sua morte.
Margarida
Ebner morreu aos 60 anos no dia 20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen,
onde foi sepultada. Suas últimas palavras foram: “Demos graças a Deus. Virgem
Maria, Mãe de Deus, tem misericórdia de mim”. Seu corpo se venera na igreja de
seu convento, que hoje é habitado pelas franciscanas de Medingen.
Depois da confirmação
de muitos milagres feitos sob sua intercessão foi beatificada em 24 de
fevereiro de 1979 pelo Papa João Paulo II. Sua memória litúrgica acontece em 20
de Junho.
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