O
arcanjo Gabriel, apresentou-se diante de Zacarias na Igreja que cuidava e
disse-lhe que suas orações haviam sido ouvidas e em consequência, sua mulher,
que era estéril e de idade avançada, ia a conceber e lhe daria um filho. E
agregou: “Tu lhe darás o nome de João e será para ti objeto de júbilo e
alegria; muitos se regozijarão por seu nascimento posto que será grande diante
do Senhor”.
Mas
Zacarias duvidou e assim perdeu a voz. Quando o porta-voz da redenção nasceu, e
Zacarias escreveu num pedaço de madeira: “Seu nome é João”. O sacerdote
recuperou imediatamente a fala e entoou o esplêndido hino de amor e
agradecimento conhecido como “Benedictus”, que a Igreja repete diariamente em
seu ofício. São João Batista, embora concebido no Pecado Original, foi dele
purificado antes de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela
Santíssima Virgem, que por sua vez portava no seio o Salvador.
Seu
nascimento é uma espécie de Natal antecipado. E sua vida de pregador prepara a
chegada de Cristo. Profeta mais vigoroso que ele, jamais surgirá na terra. Mas
ele mesmo se chama de “amigo do Esposo”, quer dizer, do Cristo Redentor. “Este
é o Elias que estava para vir”, disse Jesus, referindo-se a São João Batista.
Com
palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência.
Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu
este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o
caminho do Senhor..." Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com
humildade: "Eu não sou o Cristo". e "Não sou digno de desatar a
correia de sua sandália". Sua originalidade era o convite a receber a
ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido
de Batista.
Por
isso, São João Batista é o único santo cujo nascimento se comemora na Liturgia
– além da própria Virgem Maria, que já foi concebida isenta de todo pecado.
Dele é difícil dizer coisa melhor do que aquela que os Evangelhos referiram. A
religiosidade popular lhe consagra cantos, danças folclóricas e fogueiras. Isso
desde o século IV.
Ele morreu degolado
no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons
costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração
litúrgica.
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