Maria
Anna Johanna Franziska Theresia Antonia Huberta Droste zu Vischering nasceu,
com o seu irmão gémeo Max, no dia 8 de Setembro de 1863, solenidade da
Natividade de Nossa Senhora, no Palácio Erbdrostenhof, em Münster, uma cidade
situada na região da Westfália, na Alemanha. Sendo filha de uma das mais nobres
famílias que se distinguiu pela sua fidelidade à Igreja Católica durante a
perseguição do Kulturkampf.
No
ano de 1883, na capela do Castelo de Darfeld, Maria Droste zu Vischering
escutou uma locução interior de Jesus que lhe disse: "Tu serás a esposa
do Meu Coração". No dia 5 de Agosto desse mesmo ano, data do Jubileu
de Prata do casamento de seus pais, Maria manifestou-lhes o desejo definitivo
de se tornar religiosa e não tardou para que isso se tornasse realidade.
Em
1888, visitou com sua mãe o Hospital de Darfeld e lá encontrou uma rapariga que
tinha dado escândalo. Maria Droste zu Vischering, vencendo a sua repugnância e
timidez face à mãe, estendeu a mão à infeliz. Pode dizer-se que foi o primeiro
contacto com o carisma das Irmãs do Bom Pastor. Na Igreja Paroquial, pouco
tempo depois, tornou a ouvir a voz de Jesus que lhe disse: "Tens de
entrar no Convento do Bom Pastor". Maria decidiu-se, então, a entrar
no noviciado do Convento do Bom Pastor de Münster.
Depois
de ter recebido o hábito branco da Congregação – no mesmo dia e na mesma hora
que, em França, no Carmelo de Lisieux, Teresa recebia o hábito castanho – Maria
recebeu ainda o nome que se tornou para si num programa de vida: Irmã
Maria do Divino Coração.
A
Irmã Maria passou apenas cinco anos em Münster, pois a obediência chamou-a a uma
missão especial em Portugal, para onde foi enviada inicialmente como Assistente
da Superiora do Convento de Lisboa. De Fevereiro a Maio de 1894 permaneceu na
capital portuguesa, mas em pouco tempo foi nomeada para o seu cargo definitivo
de Madre Superiora do Convento das Irmãs do Bom Pastor do Porto.
Restauradora
da disciplina religiosa e exigente na formação das suas filhas Religiosas, a
Irmã Maria foi alvo de inúmeras incompreensões por parte da comunidade que
estava habituada a viver entregue só a si mesma. A principal atenção da Madre
Superiora, contudo, foi sempre para as jovens internas, preferindo as mais
pobres e as mais infelizes.
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