segunda-feira, 8 de junho de 2015

Beata Maria do Divino Coração


Maria Anna Johanna Franziska Theresia Antonia Huberta Droste zu Vischering nasceu, com o seu irmão gémeo Max, no dia 8 de Setembro de 1863, solenidade da Natividade de Nossa Senhora, no Palácio Erbdrostenhof, em Münster, uma cidade situada na região da Westfália, na Alemanha. Sendo filha de uma das mais nobres famílias que se distinguiu pela sua fidelidade à Igreja Católica durante a perseguição do Kulturkampf.

No ano de 1883, na capela do Castelo de Darfeld, Maria Droste zu Vischering escutou uma locução interior de Jesus que lhe disse: "Tu serás a esposa do Meu Coração". No dia 5 de Agosto desse mesmo ano, data do Jubileu de Prata do casamento de seus pais, Maria manifestou-lhes o desejo definitivo de se tornar religiosa e não tardou para que isso se tornasse realidade.

Em 1888, visitou com sua mãe o Hospital de Darfeld e lá encontrou uma rapariga que tinha dado escândalo. Maria Droste zu Vischering, vencendo a sua repugnância e timidez face à mãe, estendeu a mão à infeliz. Pode dizer-se que foi o primeiro contacto com o carisma das Irmãs do Bom Pastor. Na Igreja Paroquial, pouco tempo depois, tornou a ouvir a voz de Jesus que lhe disse: "Tens de entrar no Convento do Bom Pastor". Maria decidiu-se, então, a entrar no noviciado do Convento do Bom Pastor de Münster.

Depois de ter recebido o hábito branco da Congregação – no mesmo dia e na mesma hora que, em França, no Carmelo de Lisieux, Teresa recebia o hábito castanho – Maria recebeu ainda o nome que se tornou para si num programa de vida: Irmã Maria do Divino Coração.

A Irmã Maria passou apenas cinco anos em Münster, pois a obediência chamou-a a uma missão especial em Portugal, para onde foi enviada inicialmente como Assistente da Superiora do Convento de Lisboa. De Fevereiro a Maio de 1894 permaneceu na capital portuguesa, mas em pouco tempo foi nomeada para o seu cargo definitivo de Madre Superiora do Convento das Irmãs do Bom Pastor do Porto.

Restauradora da disciplina religiosa e exigente na formação das suas filhas Religiosas, a Irmã Maria foi alvo de inúmeras incompreensões por parte da comunidade que estava habituada a viver entregue só a si mesma. A principal atenção da Madre Superiora, contudo, foi sempre para as jovens internas, preferindo as mais pobres e as mais infelizes.

Terminada a sua missão confiada por Cristo, a Irmã Maria partiu para o Céu no dia 8 de Junho de 1899, para junto d’Aquele Divino Coração a quem dedicou toda a sua vida. O seu corpo, encontrado incorrupto quando da sua primeira exumação, encontra-se atualmente exposto para veneração pública na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Ermesinde, junto ao Convento do Bom Pastor dessa mesma localidade. Existem, ainda, relíquias extraídas do seu corpo e que se encontram expostas para veneração no Convento das Irmãs do Bom Pastor do Porto e na Capela dos Confidentes de Jesus situada no Santuário Nacional de Cristo Rei, em Almada cidade portuguesa.


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