quarta-feira, 3 de junho de 2015

São Carlos Lwanga e companheiros


São Carlos Lwanga e seus 21 companheiros sofreram o martírio durante o reinado de Mwanga por volta do ano 1885.

O rei reuniu a corte numa manhã dando uma ordem estranha: "Todos entre vocês que não têm intenção de rezar podem ficar aqui ao lado do trono; aqueles, porém, que querem, rezar reúnam-se contra aquele muro".

O chefe dos pajens, Carlos Lwanga, foi o primeiro a seguir até o muro, sendo seguido por outros quinze.

O rei perguntou então, mas vocês rezam de verdade?
Sim, meu senhor, nós rezamos. Respondeu Carlos em nomes dos companheiros que ficara a noite toda rezando.
Querem continuar rezando?
Sim meu senhor, até a morte.
Então, matem-nos, decidiu bruscamente o rei, dirigindo-se aos algozes.

Rezar, tinha-se tornado sinônimo de ser cristão, e era absolutamente proibido no reino de Mwanga, rei de Buganda, região que atualmente faz parte da Uganda.

Carlos foi martirizado em Kampala, aos 3 de junho de 1886, e seus outros companheiros em datas diferentes. Carlos Lwanga foi o primeiro a ser assassinado. Foi queimado lentamente a começar pelos pés. Kalemba Murumba foi abandonado numa colina com as mãos e os pés amputados, morrendo de hemorragia. André Kagua foi decapitado e o último João Maria.

São Carlos Lwanga e os 21 mártires ugandenses foram beatificados por Bento XV, e canonizados por Paulo VI no dia 18 de outubro de 1964 na presença dos padres do Concílio Vaticano II.

O próprio Paulo VI consagrou em 1969 o altar do grandioso santuário que surgiu em Namugongo, onde os três pajens guiados por Carlos Lwanga quiseram rezar até a morte.

Sua festa litúrgica é celebrada aos 3 de junho, e considerada memória no Brasil.


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