sábado, 27 de junho de 2015

São Cirilo de Alexandria

Cirilo nasceu por volta de 375 ou 378 em uma vila chamada "Didusja" ou nas proximidades. Porém autores posteriores, especialmente gregos, apontam Alexandria como sua cidade natal, o que várias fontes modernas corroboram. Sua mãe seria natural de Mênfis e passou algum tempo em conventos em Alexandria antes de se casar.

Em 385, Teófilo assumiu a posição de Patriarca de Alexandria. Ele era tio de Cirilo e cuidou da educação de seu sobrinho em Alexandria. Cirilo recebeu uma educação clássica e teológica, provavelmente estudando gramática entre os doze e quatorze anos de idade (390-392), retórica e humanidades dos quinze aos vinte e, por fim, teologia e estudos bíblicos entre 398 e 402.

Antes de ser ordenado presbítero, viveu vida monástica e após sua ordenação, seguiu seu tio, Teófilo, que era Bispo de Alexandria e administrou com mão firme e com prestígio a diocese Alexandrina. Com o falecimento de seu ti em 412, Cirilo foi eleito Bispo de Alexandria, governando com grande energia durante trinta e dois anos, visando sempre afirmar o seu primado em todo o Oriente, fortalecido inclusive pelos tradicionais vínculos com Roma.

Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade própria do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.

Foi ele a alma do Concílio de Éfeso, em 431, e é chamado até hoje “Defensor invencível da maternidade da Virgem Maria”. Debatia-se nessa época, que Cristo não era como Deus e essa teoria era fortemente debatida por São Cirilo. Ele concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.

Cirilo foi mais tarde definido “guardião da exatidão” que se deve entender como guardião da verdadeira fé e mesmo “selo dos Padres”, tendo ele escrito verdadeiras obras eruditas que visavam a defesa e explicação da fé católica. Nos anos seguintes, dedicou-se de todos os modos à defesa e ao esclarecimento da sua posição teológica até a sua morte, ocorrida no dia 27 de Junho de 444.

A Igreja o celebra na data de sua morte, 27 de junho.


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