De
uma só família portuguesa nasceram três irmãs que tiveram uma vida religiosa a serviço
Deus. Mas antes de tomarem suas decisões, duas delas se casaram, sendo, que uma
constituiu família e a outra não consumou seu matrimônio em razão da morte do
marido. Já a terceira nunca desejou se casar. São elas: Teresa, Mafalda e
Sancha.
Beata Teresa
A
infanta Teresa de Portugal, filha de D. Sancho I, nasceu em 1177 e foi rainha
de Leão, tendo tido três filhos antes da declaração da nulidade (nulo) do seu
casamento com Afonso IX, por consanguinidade. Voltando ao país, recolheu-se ao
mosteiro de Lorvão, onde se fez cisterciense. Restaurou o velho convento e ali
se refugiou durante a guerra que seu marido moveu contra o rei português para
fazer valer os direitos que alegava deter pelo seu matrimônio então desfeito.
Ficou conhecida pela sua caridade para com os humildes e desprotegidos. Teve
papel importante na procura de uma solução para as contendas entre seus sobrinhos
Sancho II e Afonso III.
Beata Sancha
Nascida
em Coimbra, em 1180, filha de D. Sancho I e da rainha D. Dulce, a infanta D.
Sancha foi educada na piedade e rigidez. Quando herdou de seu pai a vila de
Alenquer e o seu termo, ali fundou dois conventos, confiando um aos dominicanos
e o outro aos franciscanos. Para si mesmo, fundou o convento de Celas, em
Coimbra, onde toma o hábito de cisterciense e ficou a residir até a sua morte.
Beata Mafalda
Nasceu em 1195. Foi
também casada neste caso com Henrique I de Castela. Na menoridade dele, cuja
morte deixou livre Da. Mafalda, esta, preferindo também a tudo o recolhimento e
vida do claustro, adaptou, para a ordem de Cister, o convento beneditino de
Arouca, onde se consagrou ao serviço de Deus para todo o resto da sua vida. A sua vocação religiosa afirmou-se bastante
cedo, na opção por uma vida retirada nos seus Paços de Alenquer, onde se
entregou ao cuidado de enfermos pobres e peregrinos, diretamente ou através dos
mendicantes, que protegeu especialmente, mesmo depois da tomada do hábito
cisterciense. A recusa do casamento com Fernando III de Castela foi a afirmação
definitiva da sua opção pela vida religiosa, assumindo, a irrevogabilidade da
sua condição virginal e, consequentemente, de beata, pois «mais facilmente se deixaria morrer no fogo, ou no mar com uma pedra ao pescoço,
ou fazer seu corpo em pedaços cortando um por um os seus membros, do que casar
com homem mortal».
O
processo de beatificação de D. Sancha e suas irmãs tiveram inicio em 1669,
sendo concluído em 23 de Dezembro de 1705, por Bula de Clemente XI.
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